sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pobre eu Atormentado.

Sexta Feira,
04 de setembro de 2009-
21h26min

Meus olhos estão perdidos no espelho,
Quanto meu corpo e minha alma
Devo fechar meus olhos e rezar?
Me sentir como se tivesse sido traído?
Pobre eu atormentado, eu mastigo o sofrimento e bebo a agonia. Sou eu, a chama brilhante queimando mais rápido. Sou eu, o culpado pela vida triste que levo dentro de mim. A vida de uma criança que nunca brinca, nunca fala, nunca ri.
Querido espelho, me abrace quando eu começar a me sentir incompleto. Junte os meus pedaços e me faça lembrar o que fez este louco aqui para chorar. Eu não sou tudo o que você quis de mim, mas preciso de seu reflexo para me acolher, venha me fazer puro, lave com suas lágrimas a minha alma até que eu esteja novamente limpo.
Se nesse instante eu jogo tudo para fora, estou tentando de alguma maneira ajustar os meus erros para o correto. Quero perceber cada cicatriz e pedaços do meu coração quebrado. Estou abrindo e compartilhando com você essas feridas na última esperança de me curar.
Você sabe que sou um suicida. Um desiludido, sem esperança, cansado da mão alheia. Sabe que facilito com a vida para que ela me destrua. Sabe que perdi as letras que compunham as minhas mais simples alegrias e que deixei o meu coração a mercê dos abutres.
Quando sinto as lágrimas que escondo por dentro querendo derramar minhas tristezas é em você que eu desconto. Sabe como o estrondo do mundo cala o meu coração e sabe como o meu coração não consegue esquecer o passado e nem aqueles que o largaram pelo caminho.
Venha e chore comigo. Você tem a sua voz, e isso é tudo o que eu preciso.

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