segunda-feira, 26 de outubro de 2009

VI VOLUNTATIS VNIVERSVM VIVVS VINCAM.


Fazei vossa Vontade, este há de ser o todo da Lei. Porém lembrai que de todos os vossos atos dareis conta!

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Voluntas omnia vincit!

Sou Aquele que perdura...

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Existe alguma coisa em mim que parece invulnerável, uma vontade de estar com os olhos e ouvidos abertos, mas que perde o sentido para o mundo conforme minha fala se esvai ou meu apetite pela sociedade diminui.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Consumido pelo fogo.

"Os homens receberam seu eu como algo pertencente a cada um, diferente de todos os outros, para que ele possa com tanto maior segurança se tornar igual" T. W. Adorno

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sobre o Blogger ...

Utilizo este diário como um veículo de expressão, informação e autoconhecimento. Qualquer tentativa de direcionar a livre manifestação pelos diferentes meios de expressão seja por blogger, jornais alternativos, música, cinema... É válido.

Não tenho nenhum dom literário e não estou em busca de aplausos, elogios ou qualquer tipo de atenção. Ao escrever, consigo despertar e identificar os diferentes sentimentos e idéias que me ocorrem no momento e essa é a finalidade.

Tenho total consciência de que eu não vou mudar o mundo. Mas por ter idéias próprias, eu sempre me encontro com as caras feias e com as pessoas que fazem questão de tentar me dar o contra ou me diminuir declarando que eu não tenho nada a dizer.Considerando esses julgamentos óbvios, de pessoas medíocres, com a vida reduzida num mundo monótono, aborrecido e “perfeito”, digo que para compreender corretamente as minhas idéias, se faz necessário uma mente esclarecida e uma suficiente inteligência e cultura para abranger o maravilhoso conteúdo que eu disponho.

A sociedade, como uma lógica de dominação econômica, política e espiritual, mascara a real identidade do ser humano e eu me sinto cada vez mais triste ao constatar a lamentável situação em que nós como seres humanos nos encontramos. Por isso, eu fico indiferente aos que tentam de algum modo me jogar na seita particular deles para ignorar e suprir minhas reais necessidades.

Dandy.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

There is a light ...




Querida Y.
Depois de uma longa espera resolvi te escrever, tanto para o seu bem como para o meu, pois não me agrada pensar que suporto tanto sofrimento sem receber uma só linha sua, ou mesmo qualquer recado.

Nossa lamentável amizade e envolvimento acabaram me levando a ruína e, no entanto, a lembrança da antiga afeição que nos unia estará sempre comigo e é bem triste pensar que o ódio, o desprezo e o rancor estarão para sempre em meu coração no lugar antes ocupado pelo amor.

Sei que sua vida não tinha qualquer motivação, apenas apetites. E sei que você pode dizer que você era muito “jovem” quando a nossa amizade começou, mas ao me conhecer você já tinha deixado a sua infância e sua alegre inocência para usar esse argumento como defesa. Por isso, o seu mal não era que soubesse tão pouco sobre a vida.
O esgoto, e toda merda que nele vive, já tinha começado a exercer em você certa influência. Esta foi à causa do problema que fez com que você me procurasse em busca de auxílio, quando eu, indo contra a sabedoria do mundo, por compaixão e caridade, decidi ajudá-la.

Quero deixar claro que me julgo terrivelmente culpado. Culpo a mim mesmo por ter permitido que uma amizade que nada tinha de proveitosa, dominasse inteiramente a minha vida. Desde o início, sempre houve um abismo muito grande entre nós dois. Deve perceber que sua incapacidade de agir, sua total impossibilidade de lidar com os seus pais de maneira inteligente, levando a eles pensar sempre o pior de mim, talvez até mesmo me marginalizando, demonstram alguns dos fatores que nos diferenciavam.
Quando reflito a respeito do envolvimento que tive com você, sinto-me envergonhado. A minha verdadeira vida, a minha vida superior, foi quase abandonada enquanto estive com você.

Não vou falar das terríveis conseqüências de nossa amizade. No momento, penso apenas na merda que foi enquanto durou. Do ponto de vista natural, algo sem dúvida humilhante e degradante para mim. A sua instabilidade sentimental, assim como a sua deficiência emocional em não saber se decidir, alterava completamente o meu estado de espírito.

Você não podia saber, não podia entender que enquanto esteve comigo você provocou a ruína absoluta da minha razão.

Quando estava longe, deixava de me escrever ou pedir atenção, eu voltava ao normal. Mas sempre, e sem que eu esperasse ou desejasse, você voltava com os seus “problemas” familiares e crises existenciais para cima de mim. E eu por compaixão, aceitava em dividir um pouco do meu ideal elevado a fim de te ver bem mais uma vez.

Cometi um grande erro ao pensar de o fato de eu estar com você nessas pequenas coisas não significasse nada, que quando o grande momento chegasse, eu seria capaz de reafirmar a minha vontade graças a minha natural superioridade. Não foi o que aconteceu, quando o grande momento chegou, a minha vontade já havia me abandonado e eu estava completamente apaixonado.

Sei que deveria ter me libertado de você. Deveria antes ter sacudido você da minha vida como um inseto lançado ao ar antes da picada. Mas o meu erro não foi que não tivesse me afastado de você, mas que tivesse feito isso com freqüência. Tanto que eu terminava a amizade com você sempre que podia, embora na amargura.

Se a nossa relação tivesse sido como a paixão imaginava, uma vida de alegria, prazeres e risos, eu talvez não fosse capaz de lembrar um momento dela. Por ter sido tão cheia de momentos amargos, sinistros e melancólicos, é que eu posso reviver cada instante nos mínimos detalhes.

E embora talvez pareça estranho que na situação em que eu me encontro ainda escreva para você, ainda assim devo admitir que foi a loucura de ter gastado tanto tempo e energia com você, que me faz agora escrever esses linhas.
Lembre-se que eu ainda não a conheço. E por mais imperfeito e incompleto que eu possa ser ainda pode aprender muito comigo. Aproximou-se de mim para que eu lhe guiasse, te ensinasse. Talvez eu tenha ido longe ou talvez eu tenha sido apenas um escolhido para te ensinar algo bem mais valioso. Que é o significado do sofrimento e
toda a sua beleza.

Seu amigo,
Dandy.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pobre eu Atormentado.

Sexta Feira,
04 de setembro de 2009-
21h26min

Meus olhos estão perdidos no espelho,
Quanto meu corpo e minha alma
Devo fechar meus olhos e rezar?
Me sentir como se tivesse sido traído?
Pobre eu atormentado, eu mastigo o sofrimento e bebo a agonia. Sou eu, a chama brilhante queimando mais rápido. Sou eu, o culpado pela vida triste que levo dentro de mim. A vida de uma criança que nunca brinca, nunca fala, nunca ri.
Querido espelho, me abrace quando eu começar a me sentir incompleto. Junte os meus pedaços e me faça lembrar o que fez este louco aqui para chorar. Eu não sou tudo o que você quis de mim, mas preciso de seu reflexo para me acolher, venha me fazer puro, lave com suas lágrimas a minha alma até que eu esteja novamente limpo.
Se nesse instante eu jogo tudo para fora, estou tentando de alguma maneira ajustar os meus erros para o correto. Quero perceber cada cicatriz e pedaços do meu coração quebrado. Estou abrindo e compartilhando com você essas feridas na última esperança de me curar.
Você sabe que sou um suicida. Um desiludido, sem esperança, cansado da mão alheia. Sabe que facilito com a vida para que ela me destrua. Sabe que perdi as letras que compunham as minhas mais simples alegrias e que deixei o meu coração a mercê dos abutres.
Quando sinto as lágrimas que escondo por dentro querendo derramar minhas tristezas é em você que eu desconto. Sabe como o estrondo do mundo cala o meu coração e sabe como o meu coração não consegue esquecer o passado e nem aqueles que o largaram pelo caminho.
Venha e chore comigo. Você tem a sua voz, e isso é tudo o que eu preciso.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Eu Nasci para Desistir .

- eu nasci para desistir.
- desistir?
- Existir, eee-xistir. Saca? Até tenho saco para toda essa merda, mas minha parede estomacal é fina igual uma seda... por isso eu sou uma "mocinha" em alguns sentidos.
- vixi cara que onda, esse lance de desistir é mó palha.. você quer conversar?
- nem um nem outro.
- qual outro? só falei de conversar.
- o outro é ter que te ouvir.
- vixi cara, você tá mal hein? é aquela tal febre de estômago que você tanto fala te atacando denovo?
- nem é... sabe o que aconteceu?
- não.
- o dia foi bem longo e por dia eu entendo, não o período em que o sol ilumina meu pedaço de terra, mas o tempo em que tenho as pessoas e sua radiante mesquinharia no meu horizonte.
- por isso você é um cara "noturno"...
- por isso que eu to saindo fora bixo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

...........amansa doido! Uma idéia quase iluminada:

Era uma noite escura e sem lua, Brenner ao sair da sala iluminada pensou "Será que meus olhos um dia não se adaptarão à escuridão?", continuou caminhando e, alguns passos mais adentro na escuridão, tropeçou numa pedra e enfiou a cara no barro. Ao limpar a sujeira do rosto e da roupa parecia ter descoberto a resposta.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

adios niños e niñas.

Num piscar de olhos aquilo que era cotidiano transformou-se em absurdo. Não sabia nem como e tão pouco o porquê. Minha consciência parecia cheia de buracos negros e minha alma um retalho de sensações. Confiava no meu juízo, mas o caminho sempre fora tortuoso. Eu queria pegar a porra da estrada, assim fui.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

???

É possível que duas pessoas, de lugares completamente diferentes, partindo para a solução de uma mesma questão cheguem num determinado lugar sem nunca antes terem se encontrado?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Curriculum Vitae

Ele entrou no antigo emprego e disse: desculpe se em algum momento da minha vida de funcionário demonstrei algum interesse em continuar ou acender nesse emprego, com certeza fui vítima de todas as patologias que vocês mesmo funcionários-competitivos-de-merda fizeram questão de me imputar e, tenho certeza de que em algum momento demonstrei interesse nesse estilo de vida que tanto abomino. Sei disso porque vocês conseguiram me ofender, me senti humilhado pela gentalha e sua retórica de golpe baixo. Se me ofenderam foi porque me convenceram de algo, me fizeram deixar de ser indiferente. A ração quase ficou com gosto de lagosta, mas um soco sempre será um soco e viver rastejando num mundo cujas regras e trapaças não dizem nada a seu respeito é uma estupidez sem tamanho. Vocês fizeram da sua prostituição a minha prostituição e hoje é com prazer que o sol queima minha pele suja enquanto perambulo pela cidade, é como se aquela crosta de sujeira me protegesse contra as patologias com que vocês tanto me infernizaram. Gostaria de ter um aspecto mais aceitável, porque hoje mal posso passar dessa porta sem levar alguns chutes e pontapés, mas pouco importa. Não respeito vocês e tão pouco sou indiferente à toda essa merda que vocês fazem por debaixo de panos cada vez mais sujos. Vocês também estão com uma crosta repugnante cobrindo sua forma reptiliana asquerosa, esta crosta se parece com automóveis do ano e perfumes franceses, clareamento dentário e bom ar para camuflar seus gases. A distinção que vocês tanto querem exaltar de pessoas como eu ficou cada vez mais restrita aos zero$ antes da vírgula. Eu odeio você e toda sua laia.

terça-feira, 19 de maio de 2009

E eu sou a tempestade.

meu olhos apontam para o nada e nada vejo. a impressão que tenho é que não perco nada, mas nada tenho. estou em algum lugar do tempo ou do esquecimento é frio e amplo e distorcido. afogado no meu próprio ego, me resta a caridade. é o resultado do dano. o abismo tem dois gumes e te corta em quantos fragmentos inteiros você conseguir contar. agora somos dois estranhos que se conhecem bem. agora, não existe mais para mim. agora é só um ponto, é só uma gota e eu sou a tempestade.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Se o doido persistisse na sua loucura tornar-se-ia sensato.

William Blake